Carta à Sociedade Criacionista Brasileira

15/07/2012 20:24

Carta à Sociedade Criacionista Brasileira

O Perfeicionismo e a Inferência da Perfeição.  Uma Contribuição ao Criacionismo Científico

São Paulo, 14 de Julho de 2012 Escrito por Léo Villaverde
 

 

Ilmo. Senhor Dr. Ruy Castro de Camargo Vieira
Presidente da Sociedade Criacionista Brasileira
 
 
Caro senhor.  Sou o jornalista científico e escritor Léo Villaverde, 57. Sou graduado em comunicação pela (UBC-SP), pós-graduado em psicopedagogia pela Anhanguera-SO, estudei economia na UFPE  e mestrado em educação na UNISO-SO.  A partir de 1970 me tornei líder da juventude católica e comecei a estudar seriamente a religião e a ciência. Estudei o pensamento dos 6 principais grupos religiosos (hinduísmo, judaísmo, islamismo, budismo, confucionismo e Cristianismo). Conclui que os grupos da esfera cultural afro-indiana (hinduísmo, budismo, confucionismo e africanismo) são mítico-mágicos (magias mítico-místicas), enquanto os grupos da esfera cultural judaico-cristã são místico-religiosos (admitem uma ruptura original homem-Deus e a necessidade de um religamento = religare). A esfera cultural afro-indiana possui muito pouco da verdade de Deus, pois seu politeísmo e seu reencarnacionismo são mitos fincados nas mentes e corações de seus seguidores. Por fim conclui que foi na esfera cultural judaico-cristã que o verdadeiro Deus — o Deus da Bíblia — revelou a mais plena expressão de Seu amor e de Sua verdade. Já fui vinculado à Igreja Católica (1970-1977) e à Igreja da Unificação (1978-1994). Me vinculei ao Movimento Internacional da Unificação, por um lado, atraído por sua luta ideológica global contra o marxismo e o Movimento Comunista Internacional e por sua busca pela harmonia entre a religião e a ciência, busca difundida mundialmente através das Conferências ICUS — International Conference for Unity of Sciences. Por outro lado fui atraído pelo Movimento Internacional da Unificação pelas oportunidades que vislumbrei, como um jovem pobre do nordeste, de poder estudar em São Paulo, conhecer o Brasil e outros países e culturas. Atualmente não estou vinculado a nenhum grupo ou denominação religiosa. Optei por me definir e viver simplesmente como um homem Deusista dedicado a pesquisar e escrever sobre o que chamo de Ciência Deusista. Creio no Deus-Pai único da Bíblia, aceito Jesus como messias espiritual e construtor da civilização cristã ocidental, a qual civilizou o mundo, acredito no retorno espiritual de Jesus e aceito a Bíblia como a Palavra verdadeira de Deus. Entretanto, entendo a Bíblia como uma expressão da verdade divina transmitida há 3600 anos (VT) e há 2000 anos (NT) atrás para homens simples da antiguidade; homens de mentalidade agro-pastoril. Por isso, extensas e importantes verdades da Bíblia estão criptografadas, registradas numa linguagem mítico-poética (“As estrelas cairão do céu... De sua boca sairá uma espada... A besta de sete cabeças que saiu do mar, etc). Dessa forma o entendimento da Bíblia exige, além da inspiração divina, um árduo trabalho de decodificação. Dizer que extensas partes da Bíblia foram escritas numa linguagem mítico-poética para um povo de mentalidade agro-pastorial  não significa negar o teor de verdade das revelações ali codificadas. Cabe recordar o filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994). Ele demonstrou que as narrativas mítico-poéticas não são meras fábulas; mas verdades (os mitos Deusistas, por exemplo) expressas no estágio inicial do pensamento humano, que se desenvolveu em três etapas: mítica, filosófica e científica. Foi como se o pensamento humano tivesse passado por três estágios de amadurecimento: infância (explicações míticas ilógicas: o mito da cegonha)), adolescência (explicações filosóficas lógicas: o filho é o fruto do amor dos pais) e maturidade (explicações lógicas e experimentais: cópula-fecundação-gestação-parto). Dou um exemplo de uma importante verdade bíblica criptografada: as três bênçãos de Deus (Gn 1.28).
 
Contribuições no campo das ciências sociais. 
As três bênçãos de Deus inscritas na natureza humana inata contém a revelação sobre a verdadeira origem da sociedade e os valores básicos para sua manutenção 
 
 
Nossas contribuições para a ciência Deusista, no campo das ciências sociais, derivaram dos meus estudos sobre a teoria das três bênçãos de Deus para o homem. O que diz o pensamento cristão tradicional sobre as três bênçãos de Deus: “Crescei, Multiplicai e Subjugai o universo?” Parece-me que o pensamento cristão tradicional não aprofundou o estudo do significado das três bênçãos de Deus. Todavia, de um ponto de vista científico, as três bênçãos de Deus contém um significado da mais alta relevância científica. Vejamos: Se atentarmos bem veremos que as três bênçãos correspondem a três desejos essenciais universais e históricos da natureza humana inata: os desejos por educação, família prosperidade.
 
Ao longo da história todos os seres humanos, em todos os tempos e lugares, buscaram a realização destes três desejos essenciais. Este fato nos permite inferir que os mesmos estão inscritos na natureza humana inata. De outro lado, constata-se que a plena concretização destes três desejos essenciais coincide com a plena realização humana, gerando o estado de plena alegria espiritual e física. Desde modo, a concretização das três bênçãos de Deus na ordem correta (1. crescei, 2. multiplicai e 3. subjugai = educação-família-prosperidade) constitui o sentido e a direção correta da vida humana na Terra. Donde se conclui que ser feliz é a finalidade da vida humana, e Deus inscreveu na própria natureza humana o caminho da felicidade. Apartados de Deus pela ruptura original (a Queda) os homens incrédulos continuam buscando  as três bênçãos, mas de modo caótico e na ordem inversa à traçada por Deus. Buscam primeiramente a prosperidade. Em seguida, buscam o sexo casual com múltiplos parceiros. Assim, caem no materialismo e na imoralidade, distanciando-se ainda mais de Deus, inviabilizando a concretização da primeira bênção de Deus (Crescei! Educai-vos!) conforme a orientação divina. Perdem toda força para “ser perfeitos como o Pai Celeste é perfeito.”
 
O estudo das três bênçãos me levou à formulação de uma nova visão pedagógica, que chamei de etopedagogia, ou pedagogia essencial, segundo a qual a finalidade do sistema educacional (da educação) é auxiliar e conduzir os homens na direção da concretização das três bênçãos. Nesse sentido tudo o que contribuir para a concretização das três bênçãos é um valor, uma virtude, e deve ser estimulado; e tudo o que se opõe à concretização das três bênçãos é um antivalor, um vício, e deve ser desestimulado. Esse estudo é mais amplo e profundo, e rendeu um livro inteiro.
 
Quando aprofundei um pouco mais o estudo das três bênçãos constatei que a estrutura básica de todas as sociedades é constituída por três pilares: ideologia, política e economia. Isto é: as pessoas conduzem suas vidas no sentido de transmitir suas crenças e valores para seus descendentes (Crescei = ideologia = educação/pedagogia). Em seguida elas buscam estabelecer uma família natural (homem-mulher-filhos) à qual possa legar sua herança (Multiplicai = família = política/relações humanas). E em terceiro lugar elas buscam desenvolver meios materiais de sobrevivência (Subjugai = prosperidade = economia). Desse modo, percebe-se que a teoria das três bênçãos de Deus contém também uma nova teoria acerca da origem e da natureza da sociedade. A esta nova sociologia eu chamei de sociologia natural (contraproposta para a sociologia artificial, ou sociologia do conflito elaborada por Marx e Comte). E à sociedade resultante da ampliação de uma família natural eu chamei de familismo, a sociedade-família, ou sociedade familista (escrevi um livro sobre o familismo). Este modelo de sociedade natural nasceu com o próprio homem, e nada mais é do que uma família natural ampliada nascida da exteriorização espontânea (endodiretiva, a priori) das necessidades e desejos essenciais da natureza humana inata. Essa sociologia natural, ou Deusista, é genuinamente biblica, mas também científica; e se opõe completamente à hipótese ateísta da origem artificial da família e da sociedade. O ateísmo propôs que a família e a sociedade teriam sido inventadas (exodiretiva, a posteriori)) com base na lei do mais forte (exploração econômica e sexual). Desse modo, a família e a sociedade não seriam instituições naturais, mas invenções humanas arbitrárias, e poderiam ser modificadas a qualquer hora de acordo com a vontade do homem. Isto é o que afirma a engenharia social derivada da sociologia ateísta de Marx e Comte Estas falsas teorias sociais foram derivadas do ateísmo e do evolucionismo, e implantadas pelos revolucionários “iluministas”, nazistas e comunistas na mentalidade humana. Todos aqueles movimentos ateístas prometeram o Céu na Terra (liberdade, paz e pão = três bênçãos), mas implantaram o reino do terror; o inferno na Terra (escravidão, guerra e fome).
 
A teoria da origem natural da sociedade que emerge do estudo das três bênçãos (dos três desejos essenciais inscritos por Deus na natureza humana) demonstra que a sociedade não foi inventada a posteriori e arbitrariamente pelo homem, impulsionado por pressão circunstancial e luta pela sobrevivência (“O homem se associou para sobreviver”, dizem os ateístas). Na verdade, os seres humanos se associaram pelo poder atrativo do amor e movidos pela busca da felicidade (plena realização advinda da concretização das três bênçãos). E foi devido à atração amorosa, natural e complementar positivo-negativo que os seres humanos foram levados a instituir a família natural (homem-mulher-filhos) em obediência à vontade de Deus. E a atração natural e complementar positivo-negativo é intimamente impulsionada pelos três desejos essenciais da natureza humana inata (as três bênçãos), os quais estão centrados na família natural, instituição divina e fonte máxima de realização e alegria do homem e de Deus. Em vez de ser uma instituição artificial e repressiva, a família natural é a escola primeira da afetividade e do amor (parental, conjugal, fraternal e filial), é a escola primeira da educação de valores, é o ninho humano biológico e a célula-mãe das sociedades. A família natural é a primeira linha de defesa contra o crime, a manifestação maior da lei natural e o pináculo da ordem da Criação divina. O fim da família natural conduziria automaticamente ao fim da ordem social. Por isso, todo ataque contra a família natural é um ataque contra o indivíduo, contra a sociedade e contra a nação. É na família natural que o homem vivencia o amor em suas quatro expressões (parental, conjugal, fraternal e filial). E é o amor  que gera alegria e dá sentido à existência humana. A estrutura social universal e histórica, caracterizada pelos três pilares fundamentais --- ideologia, política e economia (sistema educacional, relações sociais e produção de riquezas) --- emerge do âmago da natureza humana como exteriorização espontânea da busca natural pela concretização dos três desejos essenciais inatos. A estrutura da sociedade é uma imagem da natureza humana inata, e é estruturada segundo o impulso interior da mesma. Nestes termos, a teoria do Contrato Social, de Rousseau, e a teoria da Base-Superestrutura de Marx e dos ateístas em geral, estão equivocadas.
 
Deve-se notar que a teoria dos três desejos essenciais da natureza humana pode ser constatada na natureza humana e rastreada universal e historicamente; sendo, portanto, uma teoria científica genuína! (passível de ser demonstrada pela história, pela psicologia e pela sociologia). Nestes termos, a teoria bíblica das três bênçãos de Deus para o homem contém a direção segura para a vida e a felicidade humana e os fundamentos de uma nova ciência social Deusista.
 
Pensemos nos valores morais universais onipresentes em todas as sociedades da história, os quais o filósofo Immanuel Kant chamou de imperativos categóricos em sua obra A Crítica da Razão Prática (Escala, 2006). A hipótese ateísta da tabula rasa (“o cérebro é uma folha de papel em branco; o homem é produto do meio social”) já foi descartada, e a teoria da natureza humana inata já foi confirmada (Cf. Tábula Rasa. Steven Pinker. Cia. das Letras, 2002. Além do Cérebro. Stanislav Grof. McGraw-Hill, 1987, e O Eu e o Cérebro. Karl Popper & John Eccles. UnB/Papirus, 1991. Eccles foi o ganhador do Prêmio Nobel de Fisiologia/Medicina de 1963), entre outros pensadores Deusistas que afirmam a realidade e a natureza transfísica (espiritual) da mente e da consciência.
 
Quando falamos em consciência humana estamos nos referindo a um conjunto de valores morais inatos e onipresentes na consciência moral dos seres humanos, os quais foram identificados e classificados como onipresentes em todas as sociedades da história. Isto já era de se esperar, uma vez que a sociedade é produto da exteriorização espontânea da natureza humana. A sociedade é a imagem do homem. Como o homem alienado de Deus é um ser híbrido bem/mal, a sociedade humana apresenta elementos do bem e do mal (fenômeno estudado no conceito sociológico de cultura ideal e cultura real).
 
Dissemos anteriormente que as três bênçãos de Deus representam três desejos essenciais inscritos na natureza humana inata:: educação, família e prosperidade. Dissemos ainda que, na busca pela concretização destes três desejos essenciais o homem se organiza em sociedades cuja estrutura se caracteriza por três pilares fundamentais: ideologia, política e economia, os quais originam-se a partir dos três desejos essências da natureza humana inata (as três bênçãos). Quando paramos para pensar na consciência humana e nos valores morais inatos, universais e  históricos da humanidade descobrimos mais um profundo vínculo entre as três bênçãos de Deus, a consciência moral do homem e os valores morais universais. Descobri que o conteúdo essencial da consciência moral é o amor, o mais poderoso e desejado sentimento, e que todos os valores morais são distintas expressões do amor e existem para conduzir o homem na direção da realização das três bênçãos (= caminho da felicidade traçado pro Deus). Por exemplo: a verdade, a sinceridade e a honra são valores relacionados com a I bênção (Crescei! Educai-vos!). A castidade, a fidelidade e o companheirismo são valores relacionados com a II bênção (Multiplicai! Formai uma família!). Por fim, o profissionalismo, o esforço e a honestidade são valores relacionados com a III bênção (Regei a natureza! Prosperai!). Desse modo, percebe-se claramente o vínculo real entre as três bênçãos de Deus (os três desejos essenciais da natureza humana), o amor, a consciência moral e os valores humanos universais. Fica claro, portanto, que a consciência moral do homem foi estabelecida por Deus no espírito humano com o propósito de conduzir a humanidade na direção da concretização e perpetuação das três bênçãos de Deus, que é o caminho seguro para a felicidade.
 
O amor emerge desse estudo como o sentimento único que permeia o cosmos (“Deus é amor”). Se o amor é o sentimento único, como explicar o ódio e seus afins? Como um crente na Bíblia eu acredito na teoria da ruptura original (a Queda do homem) e vejo as provas deste evento primevo espalhadas por todos os tempos e lugares. Vejo a ruptura original como um fato científico perfeitamente demonstrável (escrevi o livro A Ruptura Original demonstrando com base bíblica, histórica e científica a realidade da ruptura). Uma analogia entre o calor e o amor facilita o entendimento da onipresença e predominância absoluta do amor. Partindo do calor máximo, à medida que o calor diminui recebe nomes distintos em cada ponto, até atingir a ausência total de calor: o frio máximo, o zero absoluto (–273°C). Coisa semelhante se dá com o amor. À medida que o amor diminui, vai recebendo nomes distintos em cada ponto (ciúme, inveja, mágoa, rancor, raiva.....) até atingir o ódio, a ausência total de amor. Nesse ponto, o amor, a consciência moral, é menosprezada e ignorada (embora continue latente e atuante), o ódio assume o controle e passa a gerar os antivalores (os vícios) contrários à concretização correta das três bênçãos.
 
Vê-se, assim, que os valores morais brotam do amor, que é o conteúdo da consciência moral, e existem alinhados com/e para favorecer a concretização das três bênçãos de Deus para o homem. O amor se manifesta sob a forma dos valores morais, os quais tem a finalidade de conduzir o homem no caminho da realização das três bênçãos. Por isso, é da prática do amor, dos valores morais (éticos, no convívio social) que surgem os cidadãos de bem; e é da ausência do amor, do abandono dos valores morais, que surgem os sociopatas antissociais (infratores e criminosos), os quais geram a necessidade dos sistemas policial, judicial e prisional para proteger os cidadãos de bem e retirar os sociopatas do convívio social, mantendo-os em jaulas, como feras selvagens. Se houvesse sabedoria divina nos governos ateístas, ditos laicos, eles calculariam o custo social e financeiro dos sistemas policial, judicial e prisional e descobririam que é mais fácil e muitíssimo mais barato fortalecer os valores morais da consciência humana desde o ensino fundamental. Bastaria introduzir a educação de valores na rede de escolas e universidades públicas, já devidamente montada.
 
Caro Dr. Ruy Castro. Suponho haver demonstrado que existe uma relação clara e direta entre Deus, o amor (o conteúdo da consciência), a consciência moral, os valores morais, as três bênçãos de Deus para o homem e a origem da estrutura das sociedades. Com este breve estudo da teoria bíblica das três bênçãos de Deus para o homem eu quis apenas evidenciar que a revelação bíblica pode ser muito mais ampla e profunda do que o pensamento cristão tradicional alcançou. É como se tivéssemos apenas visto e tocado a superfície do profundo oceano da verdade bíblica, mas desconhecêssemos a maior parte do que está sob a superfície onde está o pleno conteúdo do oceano da verdade bíblica. E do mesmo modo como vimos no estudo da revelação das três bênçãos de Deus, muitas outras verdades bíblicas profundas e importantes estão ainda criptografadas e inexploradas na Bíblia. Esse aprofundamento da revelação bíblica é respeitoso e em nada contradiz o pensamento cristão; apenas o amplia, o aprofunda e o fortalece cientificamente.
 
Como vimos, a revelação das três bênçãos de Deus contém os elementos teóricos básicos para que os pensadores Deusistas (os que creem em Deus, sejam eles religiosos ou cientistas) construam uma nova  sociologia Deusista cientifica capaz de enfrentar e vencer a sociologia do conflito/ateísta de Marx e Comte. Essa sociologia Deusista representa uma nova “arma” teórica científica nas mãos (mentes) dos pensadores Deusistas para que estes fortaleçam sua contraproposta teórica e vencem a hipótese ateísta da sociologia artificial e sua falsa engenharia social. Nestes termos podemos falar de uma sociologia da paz dos Deusistas (os cientistas criacionistas) em oposição à sociologia do conflito dos ateístas.
 
Prezado Dr. Ruy. Por favor, me perdoe por esta longa e cansativa explanação. Está longe do meu coração e de minha mente discordar de sua ampla e profunda sabedoria, ou de seu longo e vitorioso trabalho por Deus e pela humanidade. Meu desejo é apenas contribuir e participar da maravilhosa jornada Deusistas x ateístas. Estou envolvido no combate ao ateísmo desde 1970, quando tinha apenas 16 anos e pensava em me ordenar padre sacramentino sob a orientação do Pe. Hélio Grande Pousa, pároco da Matriz da Boa Vista, em Recife, e meu primeiro mentor intelectual. Naqueles dias, durante uma visita ao Mosteiro de São Bento entrei em contato com o livro O Fenômeno Humano, do jesuíta  e antropólogo francês Pierre Teilhard de Chardin (1881-1955). Desde então (acredito), Jesus começou a abrir os meus olhos para a unidade da verdade; a unidade do saber humano (ciência-religião; mundo físico-mundo espiritual, cultura ocidental-cultura oriental). Afinal, Deus é único e imutável, e a Sua verdade deve ser também única e imutável. Desde então tenho direcionado a minha vida de trabalho para a construção de uma contribuição teórica científica voltada para o fortalecimento da ciência Deusista, contribuindo para o triunfo do Deusismo científico sobre o ateísmo pseudocientífico.

 

Contribuições no campo das Ciências Naturais.
O perfeicionismo e o paradigma biocósmico são os contrapontos bíblicos para o evolucionismo e o paradigma mecanicista.
 
 
Ao estudar a teoria das três bênçãos de Deus para o homem busquei desenvolver teorias científicas Deusistas no campo das ciências sociais (sociologia, pedagogia, política e economia). Agora, permita-me apresentar-lhe algumas novas teorias científicas Deusistas no campo das ciências naturais.
 
 É maravilhoso e grandioso o progresso que os pensadores cristãos, tais como Michael Behe, William Dembisnki, Michael Denton, Adauto Lourenço, Ismael Moura, e o senhor próprio (por meio da SCB), entre milhares de outros homens de Deus, tem feito ao redor do mundo. Constatei maravilhado que a teoria do Design Inteligente verdadeiramente está acuando os pseudocientistas ateístas. Todavia, pareceu-me que está faltando ainda algumas peças teóricas para completar o quadro da ciência Deusista. Sei que pode parecer presunção, mas é possível que Jesus, em sua infinita bondade, me tenha mostrado algumas destas peças teóricas faltantes, na campo das ciências naturais. Eu as juntei no paradigma biocósmico, que nada mais é do que um estudo científico da onipresença divina de Deus no universo, revelada na Bíblia.
 
A inferência da perfeição. A teoria da perfeição das espécies, o perfeicionism, refere-se à perfeição onipresente observada no universo, a qual é a manifestação visível e finita da perfeição invisível e infinita de Deus. Assim como o Dr. Dembisnki desenvolveu um argumento para que os Deusistas pudessem inferir e demonstrar a presença do design na natureza (grau de improbabilidade da organização + padrões reconhecíveis pelo homem) e o Dr. Myers desenvolveu um argumento para que os Deusistas possam inferir e demonstrar a presença da informação e da inteligência no universo (informação implica na presença de inteligência), eu senti a necessidade de desenvolver um argumento para que os Deusistas possam inferir e demonstrar a perfeição do universo. E escrevi otexto A Inferência da Perfeição.
 
Eis uma síntese do meu argumento: se o grau de complexidade implica na pré-existência de informação, e a informação implica na pré-existência de inteligência, com base na análise do grau de complexidade, do grau de informação e do grau de inteligência, podemos deduzir o grau de perfeição dos sistemas estudados, sejam eles naturais ou mecânicos (biomáquinas ou máquinas mecânicas). O mesmo raciocínio pode ser aplicado ao estudo do grau de perfeição das obras humanas e das obras de Deus. Podemos inferir o crescente grau de aperfeiçoamento dos meios mecânicos de transporte, da liteira romana aos aviões e ônibus espaciais, e estabelecer o grau de perfeição dos meios de transportes atuais. Se os meios de transportes ainda podem desenvolver-se, isto indica que ainda estão imperfeitos. Todavia, quando a ciência estuda um sistema vivo fica maravilhada com o seu altíssimo grau de complexidade, funcionalidade, beleza e perfeição, chegando alguns a declarar que tais sistemas não podem mais ser aperfeiçoados porque já são perfeitos. E qualquer tentativa de aperfeiçoar o que já é perfeito só pode ser para pior. É nesse sentido que muitos temem que a transgenia artificial exodiretiva (que produz os transgênicos) possa ser a bomba “atômica” da biologia.
 
Pode-se ainda demonstrar perfeitamente que o aumento de complexidade de cada meio mecânico de transporte exigiu mais informação, mais inteligência, aperfeiçoando-o no sentido do aumento de ordem e de complexidade, elevando seu grau de desenvolvimento  em direção à perfeição. O grau de complexidade nos fornece um meio para medirmos o grau de informação presente em um sistema. O grau de informação nos fornece um meio para medirmos o grau de inteligência presente em um sistema. E o grau de complexidade, o grau de informação e o grau de inteligência, juntos, nos fornecem um meio para medirmos o grau de perfeição de um sistema biomecânico (criado por Deus) ou de um sistema mecânico (criado pelo homem). Este argumento nos permite inferir e demonstrar o grau de perfeição dos seres da natureza, os quais são perfeitos em suas formas e funções dentro de seus nichos ecológicos e dentro do corpo do sistema Terra como um todo. E podemos falar de perfeição das espécies e de perfeicionismo. Fica claro, portanto, que a inferência da perfeição é um argumento forte que, somado aos demais, permite ao cientista Deusista estabelecer o estudo da perfeição da natureza em bases lógicas, matemáticas e científicas. Os fundamentos científicos que apoiam a teoria da inferência da perfeição eu os encontrei no estudo da sequência de Fibonacci (fundamento biomatemático), no número de ouro phi (fundamento matemático), no retângulo de ouro, ou retângulo perfeito (fundamento geométrico), na proporção áurea, ou divina proporção (fundamento na arte e no belo), na espiral de Durero (fundamento biológico sobre a forma do desenvolvimento dos seres naturais) e por fim no princípio cosmologico antrópico desenvolvido pelo matemático Edmund Whitaker (estudado no livro The Antropic Cosmological Principle, dos astrofísicos John D. Barrow e Frank Tipler. Oxford University Press, l986. USA). O princípio antrópico reuniu um conjunto formidável de milhares de constantes da natureza as quais são responsáveis com precisão matemática, física, química e biológica pelas características gerais do planeta Terra, possibilitando-lhe gerar e manter a vida carbonada. São inúmeros os exemplos que poderíamos citar, mas basta dizer que se a inclinação do eixo terrestre, que atualmente é de 23,45°, fosse alterada em apenas 0,5° a vida carbonada não existiria na Terra. Se a taxa de oxigênio fosse 0,5% superior à atual taxa de 21%, a atmosfera terrestre entraria em combustão e incineraria toda a flora do planeta. Estes argumentos foram desenvolvidos amplamente e fortalecem a cientificidade da teoria da inferência da perfeição, permitindo-nos falar em uma teoria da perfeição das espécies e de perfeicionismo, como contrapropostas científicas para a evolução das espécies e o evolucionismo.
 
O paradigma biocósmico, contraponto direto ao paradigma mecanicista da ciência ateísta (o universo é uma máquina imperfeita e decadente, e morrerá impreterivelmente), é constituído de três partes: teoria do Biocosmos, teoria do Ser Terra e teoria da Perfeição das Espécies. São as três partes de uma mesma ideia: o paradigma biocósmico, a ideia de que o universo é um todo vivo (espírito-energia = bioenergia) porque as perfeições invisíveis do Deus vivo tornaram-se visíveis em Sua Criação; que o Criador é onipresente em sua Criação porque desejava reger sua Criação através dos homens, seus filhos. A vida emana do Deus vivo; a presença de vida no cosmos confirma a biogênese: a vem somente pode originar-se da vida. Eu ficaria feliz se o paradigma bicósmico representasse uma contribuição brasileira à construção da ciência Deusista (cosmologia, geologia, biologia, psicologia e sociologia = pedagogia, política e economia) que está sendo construída pelos pensadores Deusistas ao redor do mundo, evidentemente sob a inspiração de Jesus. As proposições teóricas Deusistas devem ser genuinamente científicas e passíveis de serem utilizadas no confronto com as hipotéticas cosmologia do Big Bang, geologia da hipótese nebular e da biologia da evolução das espécies, como também no confronto com a psicologia e com a sociologia ateístas. O projeto teórico do paradigma biocósmico não foi planejado a priori, mas emergiu espontaneamente ao longo dos 40 anos dos meus estudos em busca de pontes entre o conhecimento religioso e o conhecimento científico. O desenvolvimento da trilogia Ciência Deusista me surpreendeu. E fiquei aliviado quando percebi que o paradigma biocósmico estava todo contido na Bíblia, uma vez que a ciência da Bíblia antecipou as maiores e principais descobertas da ciência (as quais os cientistas materialistas atribuíram a si mesmos). Eu teria apenas que desenvolver argumentos lógicos e científicos atualizados para fundamentar as revelações científicas da Bíblia! Nisto eu nada tenho de primazia ou de originalidade. Milhares de outros pensadores Deusistas me precederam nesta tarefa. Se houver algum valor em minha contribuição ela está em minha fé, em meu talento e na época em que nasci. Eu sou um homem nascido na segunda metade do século XX e tive à minha disposição grande parte do material das pesquisas e das teorias do passado e do próprio século XX, no qual ocorreram as maiores descobertas da história do pensamento, que conduziram a três revoluções: quântica, informática e biotecnológica.
 
Caro Dr. Ruy. O livro que o senhor tem nas mãos, Biocosmos. O Universo Vivo, nasceu da minha tentativa de revelar as falácias da hipótese do Big Bang e fornecer um fundamento científico para a ideia bíblica da onipresença divina no cosmos, ou a ideia do Deus vivo que se automanifestou em suas obras de arte vivas! Trata-se da ideia do Deus-Pai transcendente, invisível e infinito (antes da Criação) que automanifestou Suas perfeições invisíveis de modo visível e finito por meio das coisas criadas de modo inquestionável, tornando-Se imanente e onipresente em Sua Criação (a qual contém os mesmos atributos divinos da forma/conteúdo, sensibilidade/amor, emotividade/alegria e criatividade/inteligência). Desde a Criação do cosmos “existimos, vivemos e nos movemos em Deus.” O universo é um microcosmos; uma imagem visível e finita do próprio Deus O Deus da Bíblia não é o deus aristotélico que, como uma moça bonita, passou criando, e foi embora, distanciando-se de sua obra da qual não necessita. O Deus da Bíblia é um Pai amoroso que ama e deseja conviver com Seus filhos, mas sofre (Gênesis 6.6) porque foi traído e expulso das vidas de Seus filhos, que foram escravizados e afastados da verdade ao ponto de negarem a existência de seu Pai e Criador-Deus. Contudo, como o Deus-Pai da Bíblia é um Pai de amor Ele nunca desistiu e nem desistirá de lutar pela libertação de Seus filhos. E certamente vencerá (Is 46.11), como anunciou no Apocalipse: “Eis a morada de Deus com os homens. Ele serão seu povo.”
 
Falar de um Deus-Criador vivo e onipresente em sua obra viva nos reporta às palavras do Dr.  Michael Denton:
 
“Se você rejeita o acaso como explicação para os fenômenos biológicos que vemos na Terra, tem que admitir alguma forma de projeto inteligente. Esta é a única alternativa possível. Quando se pensa nas leis da natureza e se observa o universo existem duas possibilidades contraditórias: 1. a possibilidade do Deus judaico-cristão que organizou todas as leis da natureza e criou o universo. A outra possibilidade é a ideia de que, de alguma maneira, o universo é um todo vivo, um sistema auto-organizador de si mesmo.”
 
Ouvi o Dr. Michael Denton fazer esta declaração no vídeo De sapo a príncipe (disponível no YouTube). Uma frase da declaração do Dr. Denton me chamou a atenção: “...existem duas possibilidades contraditórias:” a ideia do Deus judaico-cristão que criou o universo e a ideia do universo todo vivo que se auto-organizou. Esta frase me chamou a atenção porque penso que quando a Bíblia afirma que Deus criou o universo e que Deus é onipresente no universo; que Deus tornou visíveis no universo as Suas perfeições invisíveis (Rm 1.20) e que nós existimos, nos movemos e vivemos n’Ele, que criou o homem como a Sua imagem finita e visível e Seu templo físico na Terra, entre muitas outras afirmações bíblicas as quais parecem significar claramente que a Bíblia está afirmando e unificando as duas possibilidades que o Dr. Dentou classificou como contraditórias e excludentes. Obviamente Deus criou o universo. Mas também é obvio que Deus é um Ser todo vivo, e que a vida é um atributo do universo (os sistemas vivos carbonados emergiram, aparentemente, auto-organizando-se a si mesmos a partir da energia que constitui seus corpos, que os movimenta e os mantém vivos. O Prof. Adauto Lourenço declarou em uma de suas palestras sobre o livro Como Tudo Começou que “A equação da vida agora é: energia/matéria + informação = vida. Sem informação a vida não pode ser criada.” Todavia, essa auto-organização é apenas aparente, pois os quanta de energia, as partículas, os átomos, as moléculas e as células não se moviam cegamente ao acaso, mas moviam-se ordenadamente, obedecendo a um comundo profundo endodiretivo do Deus invisível e infinito que Se tornava visível e finito por meio de Sua obra, o universo. Se pensarmos mais profundamente perceberemos que Deus criou tudo com um propósito. E qual era o Seu propósito ao criar famílias das quais se proclamou Pai? Não desejaria Deus participar das nossas vidas familiares, ou teria ele planejado a solidão eterna para si próprio? E se o universo está marchando para a morte térmica (entropia) porque a Bíblia diz que o planeta Terra não será destruído, mas foi criado para existir eternamente (Salmo 78.68. Ec 1.3-4). De outro lado, a Bíblia também afirma que Deus triunfará completamente, libertará a natureza, libertará os homens e fará novas todas as coisas? (Jo  12.31; Rm  8.19-22 e Ap 21.1-6).
 
O pensamento cristão afirma que o universo não existia como corpo visível e finito, e que o Deus-Pai invisível e infinito manifestou-Se gradualmente (luz, terra, águas, astros, vegetais, animais e homens) de forma visível e finita no universo. Espécie após espécie para se multiplicarem segundo a sua espécie. Isto não demonstra que Deus criou gradualmente em um período de tempo, uma vez que criou uma espécie após a outra ao longo de “seis dias” (ou seis períodos de tempo, pois “um dia para Deus é como mil anos e mil anos é como um dia.” Isto é, Deus criou e usa o tempo, mas não está limitado por ele. Deus não criou o universo súbita e instantaneamente, mas precisou de tempo para criar. Isto significa que Deus criou o universo gradualmente, do invisível para o visível, do infinito para o finito, mas pode tê-lo criado como um todo (acréscimo gradual de nova informação = aumento de complexidade = aumento do grau de perfeição), como sugere o flagelo bacteriano (complexidade irredutível), e não por partes como sugere a hipótese da evolução. Uma semente plantada na terra desenvolve todas as partes da árvore simultaneamente, mas a árvore não surge súbita e instantaneamente adulta. O mesmo se pode dizer dos embriões animais e humanos. É nesse sentido que a teoria da perfeição das espédies, o pefeicionismo, fala de uma lei do desenvolvimento da perfeição potencial das espécies (químicas, astrias, vegetais, animais e humana).
 
Parece-me que os cientistas Deusistas se limitaram à ideia do Deus transcendente que criou o universo, e meniosprezaram a ideia da onipresença divina no universo. Enquanto isso, os cientistas ateus se apossaram (roubaram, na verdade) e adotaram como sua a ideia do Deus vivo onipresente (chamando-o de natureza); uma ideia revelada na teoria do universo todo vivo e auto-organizador (a bioenergia, que é a forma externa de Deus, foi impelida por Deus a auto-organizar-se sob a forma finita e visível dos seres criados). Assim, uma importantíssima ideia genuinamente bíblica teria sido equivocadamente menosdesprezada pelos cientistas cristãos, e teria sido roubada pelos cientistas ateus que a atribuíram a si, passando a usá-la contra os próprios cristãos. Não estaria na hora de os cientistas cristãos requisitarem para si, com todo o direito e justiça, a ideia do Deus vivo e onipresente a fim de explicar a origem e a natureza da vida no universo (a vida é divina e Deus é vida)? Não estaria na hora de os cientistas cristãos requisitarem para si a ideia do universo divino, todo vivo e auto-organizador revelada na teoria bíblica da onipresença divina no cosmos? É claro que a teoria da Criação sairia muito mais fortalecida com uma visão unificada das duas possibilidades bíblicas que, lamentavelmente, o Dr. Denton classificou como contraditórias e excludentes. Afinal, as duas possibilidades são reais e foram reveladas por Deus na Bíblia!
 
Não é coerente falar de onipresença divina excluindo Deus do corpo de Sua Criação. Dizer que não cai uma folha de uma árvore sem que Deus o perceba, que somos os templos de Deus e que nos movemos, vivemos e existimos n”Ele não é a afirmação da onipresença divina no cosmos? Muitos outros textos bíblicos corroboram a ideia da onipresença divina na Criação. O Deus-Pai é onipresente no universo porque o universo é uma automanifestação criada, viva, visível e finita d’Ele mesmo. O universo físico visível está imerso, como que banhando-se, no “corpo” bioquântico infinito e invisível do próprio Deus.  Além disso, somente sendo invisível Deus pode ser onipresente e atender a todos os seus filhos. A Criação é símbolo de Deus, e o homem é a glória, a imagem e a semelhança direta de Deus (que espécie está mais próxima à semelhança dos atributos de Deus? Não diz a Bíblia: “Sois deuses! Sois os templos de Deus! Não sabeis vós que julgaremos os anjos?” Por meio do homem Deus Se automanifestou, tornou-Se presente em Sua Criação. Obviamente, o plano original de Deus era conviver com o homem, orientando-o na regência da sociedade. A Queda (a traição de Lúcifer e do casal primário Adão e Eva) feriu o coração de Deus com íntima dor e O fez arrepender-se de haver criado o homem sobre a Terra. Contudo, o Seu amor não O fez desistir de nós (Is 46.11).
 
Nestes termos porque afirmar que a ideia do Deus judaico-cristão que criou o universo e a ideia do universo todo vivo que se auto-organizou (a ideia do Deus vivo que Se automanifestou 

 

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