A Rio+20 e A Teoria da Sustentabilidade Social II

20/05/2012 20:21

A Rio+20 E A Teoria

da Sustentabilidade Social II

São Paulo, 25 de Maio de 2012 Escrito por Léo Villaverde

 

 

 

1. Existem leis naturais e constantes naturais ?
 
Em nossos trabalhos Biocosmos. O Universo Vivo (Cultrix, 2000), O Ser Terra. O Planeta Sensível (inédito), onde estudamos o princípio cosmlógico antrópico, sistematizado pelo astrofísico inglês Brandon Carter (exposto no livro The Antropic Cosmological Principle (Oxford University Press, 1986. USA, dos astrofísicos John D. Barrow e Frank Tipler)  e  acreditamos ter respondido com um amplo e profundo sim.  Existem leis naturais (como modos de operações da natureza) e constantes naturais, como constantes matemáticas, físico-químicas e biológicas responsáveis pelo funcionado ordenado, estável e preciso do universo. Com relação à negação da existência das leis naturais  e das constantes da natureza sugerida  pelas pesquisas que demonstraram a incosntância da resultados experimentais (a inconstância da reprodutividade dos experimentos)
 
 
2. A imutabilidade das leis naturais & as constantes naturais
 
Dissemos na parte I deste estudo sobre a teoria da sustentabilidade social que dois princípios fundamentam a sustentabilidade natural: 1. lei da conservação do estado natural; e 2. Lei da reciclagem. Se por um lado o aquecimento global antropogênico (causado pelo homem) é irreal, como afirmam e provam centenas de cientistas climatologistas de todo o mundo, por outro lado o movimento ecológico teve a utilidade de pressionar  os governos do mundo e o governo brasileiro, levando-os a criarem e aprovar a lei da educação ambiental, que introduziu no sistema de educação e no sistema de comunicação brasileiros a defesa constante da lei da conservação do estado natural e da lei da reciclagem, fatores que a médio e longo prazos protegerão significativamente o planeta.
 
          Segundo a ciência ortodoxa as leis naturais são modos imutáveis de operação naturais do planeta. Se as leis naturais fossem mutáveis e inconstantes não existiria ordem natural e o cosmos seria puro caos. Pensar na inconstância e mutabilidade das leis naturais seria o mesmo que pensar na inconstância das constantes da natureza, o conjunto de relações físico-químicas e biológicas responsáveis pela caracterização do universo e do planeta Terra como eles são hoje.
 
          As constantes da natureza foram sistematizadas pelo astrofísico inglês Brandon Carter (Cf. The Antropic Cosmological Principle. John Barrow e Frank Tipler, Oxford University Press, 1986) e deram origem ao chamado princípio cosmológico antrópico, segundo o qual o universo parece ter sido  projetado para desenvolver e perpetuar a vida,  e que a Terra está localizado em uma região especial do espaço (anisotropia ≠ homeotropia), apresentando valores matemáticos e condições físico-químico-biológicas únicas e especiais, as quais favoreceram o surgimento da vida carbonada. As constantes da natureza, base científica do princípio cosmológico antrópico, indicam que se a inclinação da Terra, a composição atmosférica, as relações matemáticas, físicas, químicas e biológicas (que são constantes naturais); se qualquer um destes fatores for alterado o planeta Terra tornar-se-ia completamente outro. Por exemplo: sabe-se que a composição atmosférica contém 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de gases nobres. Experiências de laboratório demonstraram que, como o oxigênio é um gás altamente inflamável, qualquer alteração acima de 21% de oxigênio levaria o planeta à autocombustão! Coisa semelhante se pode dizer com relação aos períodos de gestação das espécies, à quantidade de elementos químicos, etc, etc.  Simulações de computador onde uma única constante natural  foi alterada produziu mundos totalmente diferentes da Terra. O princípio cosmológico antrópico e as constantes da natureza são ciência ortodoxa atual devidamente fundamentada. Portanto, questionável apenas verbalmente (o tema é interessante e pode ser melhor estudado em meu trabalho Biocosmos. O Universo Vivo. Cultrix, 2000).
 
          Concluindo, queríamos fundamentar o fato de que, no âmbito da ciência ortodoxa atual e no âmbito do princípio cosmológico antrópico admitir a inconstância e a mutabilidade das leis naturais é um disparate inadimissível. Ainda que a ciência materialista não possa explicar a origem das leis naturais (algo que forçosamente a levaria a Deus, pois as leis naturais podem explicar a funcionalidade do universo, mas não podem explicar a origem delas mesmas sem recorrer à uma causa transfísica externa ao universo), nenhum cientista pode conceber o universo sem leis naturais constantes e imutáveis, uma vez que elas  determinam os modos de operação do universo e do planeta.
 
 
3. As constantes sociais & a imutabilidade das leis naturais 
 
 
A mutabilidade e a inconstância das leis naturais alterariam por completo a ordem natural do planeta como o conhecemos. E o que podemos dizer com relações às leis sociais, as normas morais e éticas de convivência? Elas podem ser alteradas arbitrariamente sem conseqüências sociais, ou são também constantes e imutáveis? A moral é a conduta do indivíduo para com ele mesmo. A ética é a conduta do indivíduo para com a sociedade (leis, normas legais e normas de etiqueta e de convivência). A alteração dos princípios morais de uma sociedade contribui para sua evolução ou a destrói? Se a sociedade for um fenômeno natural é óbvio que as leis sociais determinam os modos de operação da sociedade. Logo, podemos falar em leis sociais. E propor o conceito das constantes sociais. E do mesmo modo que as leis e as constantes naturais não podem ser alteradas sem caotizar e destruir a ordem da natureza, também as leis e as constantes sociais não podem ser alteradas sem caotizar e destruir a ordem social. Recorde-se que estamos desenvolvendo e propondo ama teoria da sustentabilidade social. Nesse contexto, os conceitos de leis sociais e constantes sociais são uma inovação importante.
 
          As perguntas iniciais cujas respostas fundamentarão os conceitos de leis sociais e constantes sociais são: a) A sociedade é natural ou artificial (produto da inventividade humana)?  b) Existem leis sociais e constantes sociais (um código universal de valores morais e éticos imprescindíveis à formação e perpetuação da sociedade)? c) A alteração das leis sociais e das constantes sociais (código universal de valores) evolui a sociedade ou a destrói?            Como tenos demonstrado que  a sociedade é um fenômeno natural podemos aplicar a ela as mesmas conclusões que aplicamos ao estudo do mundo natural e das leis e constantes naturais. E responder: Sim. A sociedade é um fenômeno natural. Logo, existem leis sociais e constantes sociais.
 
 
4. A família natural como origem da sociedade natural 
 
Em nosso trabalho Familismo. A Sociedad-família (FBN. Janeiro/2011) demonstramos exaustivamente a origem natural da família em contraposição à hipótese marxista e da ciência materialista da origem social da família; classificada como uma relação de exploração econômica inventada artificialmente pelo homem (pelos mais fortes e gananciosos). Na verdade, a afirmação da origem social da família é um contrasenso, pois exige as seguintes perguntas: a) O que veio primeiro: o homem ou a sociedade? Se a ciência materialista admitir que o homem surgiu primeiro estará negando sua própria hipótese da formação social da natureza/mente humana, pois quando o homem veio a existir ainda não existia sociedade para formar-lhe a natureza/mente. Do outro lado, se admitir que a sociedade surgiu primeiro,  cairá no paradoxo de afirmar a existência da sociedade humana antes da existência do homem. Podemos aplicar o mesmo raciocínio ao estudo da origem da família e da sociedade com perguntas similares: a) A  família criou a sociedade ou a sociedade criou a família? Também neste caso o contrasenso e o paradoxo continuam. Se a ciência materialista admitir que a família   surgiu primeiro estará negando sua própria hipótese da formação social da família, pois quando a família veio a existir ainda não existia sociedade para formar famílias. Do outro lado, se admitir que a sociedade surgiu primeiro,  cairá no paradoxo de afirmar a existência da sociedade antes da existência do indivíduo e das famílias. No contexto materialistas não existe solução para o contrasenso e o paradoxo deste dilema. No contexto Deusista a saída para o dilema é a admissão de que o indivíduo veio primeiro e criou a família. Em seguida, porque o homem é um ser moral e social, e impelidas pelos desejos essenciais e pelas necessidades físicas de cooperação e sobrevivência, as famílias se ajuntaram espontânea e naturalmente, dando origem à sociedade. No cotidiano da convivência social o código universal de valores emergiu.
 
            Esta conclusão nos informa que a sociedade, como realidade psicofísica, pré-existiu à mentalidade social (embora esta já existisse potencialmente na natureza humana inata). E estas constatações nos impõem o fato de que a organização social começou simultaneamente com o aparecimento do homem sobre a Terra, sejam eles Adão e Eva bíblicos ou o Adão microssomo-Y e a Eva mitocondrial da ciência. Evidentemente tudo isso nos impõe a cientificadade da teoria da origem natural da família e da sociedade.
 
            Dissemos que o homem e a mulher são seres biológicos naturais que se atraem por afinidade intraespecie e constituem uma família natural (homem-mulher-filhos), assim como o fazem a maioria das espécies de grande porte da natureza (quanto menor o grau de complexidade das espécies mais elas tendem a afastar-se do conceito de família, tornando-se pares positivo-negativo marchando em direção à dupla próton-elétron). A partir da afirmação da origem natural da família fortalecemos sua cientificidade, e chegamos à teoria da origem natural da sociedade humana, uma vez que uma sociedade nada mais é do que. um grupo de famílias naturais vivendo e convivendo em um mesmo espaço geográfico e em um mesmo ambiente cultural. Logo, a sociedade nada mais é do que uma família natural ampliada. Daí chamá-la de sociedade-família, sociedade familista, ou familismo.
 
Em nosso trabalho Etopedagogia. A pedagogia essencial ((FBN/ 2011) introduzimos o conceito dos três desejos essenciais da natureza humana: educação, família e prosperidade. E propusemos que a verdadeira educação direciona o homem para a plena realização dos três desejos essenciais de sua natureza, conduzindo-o à plena realização e plena felicidade (estabelecida a alegria como a finalidade da existência humana).
 
 O aprofundamento do estudo da teoria dos três desejos inatos da natureza humana (educação, família e prosperidade) nos revelou que a estrutura social é um produto espontâneo da exteriorização, ou do desdobramento, daqueles. três desejos essenciais Assim, os três pilares fundamentais que caracterizam a estrutura das sociedades: ideologia, política e economia, brotaram natural e espontaneamente como extensões dos três desejos inatos da natureza humana.
 
1. A ideologia se desenvolve a partir do desejo de educação;
2. A política se desenvolve a partir do desejo de família (relações humanas, políticas); 
3. A economia se desenvolve a partir do desejo de prosperidade (subsistência material).
 
Desse modo, onde quer que se forme um grupo humano, ali se desenvolverá uma sociedade com suas três bases fundamentais características: um sistema ideológico, um sistema político e um sistema econômico, os quais nada mais são do que produtos da exteriorização espontânea da natureza humana universal inata. Obviamente, esta descoberta prova lógica e  cientificamente a origem e a dimensão natural da sociedade. E se a sociedade é um fenômeno natural podemos falar de uma sociologia natural, Deusista. E se a sociedade é um fenômeno natural a ordem social também é regida por leis socionaturais sujeitas às mesmas limitações impostas pelo princípio cosmológico antrópico; i.e. as leis sociais (morais  e éticas) originam igualmente constantes sociais que  não podem ser alteradas, e muito menos suprimidas (a supressão das leis sociais inviabilizaria previamente a sociedade, do mesmo modo que a supressão das leis naturais inviabilizaria previamente o universo.
 
 
5. As leis sociais e a natureza humana 
 
 
Estabelecida a origem e a dimensão natural da sociedade, pode-se falar em leis sociais como sendo igualmente leis naturais. E ao se falar de seres naturais está-se falando dos seres que compõem o universo, que já foi cientificamente estabelecido como ser bidimensional, psicofísico, sendo este um ponto de consenso científico universal. Ninguém duvida da realidade  da dimensão psíquica do universo, do planeta (como parte do universo) e das espécies como partes do planeta. A natureza bidimensional do universo, que é uma totalidade; um todo constituído de partes complementares (teoria da totalidade quântica) nos reporta diretamente à natureza psicofísica dos animais (e da natureza físico-espiritual do homem, fato que o aloca em um IV reino, o reino hominal. A espiritualidade humana já foi demonstrada experimental e psicologicamente, embora os materialistas ainda a refutem. Todavia, a simples admissão da natureza não-física da mente pela psicologia experimental deveria ser o suficiente para silenciar o materialismo radical. Se a mente não não ocupa lugar no espaço físico,  onde está localizada a mente (sentimentos, inteligência, criatividade e memória)? Nenhum materialista radical está disposto a discutir longamente esta questão. Assim, a negação da espiritualidade é mais um insulto destemperado do que uma refutação lógica e científica consistente.
 
Estabelecida a origem e a dimensão natural da sociedade. Estabelecida a natureza bidimensional do universo, do planeta e das espécies. E admitida a natureza bidimensional e bicorpórea (físico-espiritual) da espécie humana (cuja sociedade é infinitamente mas complexa do que os agrupamentos biossocias das demais espécies), podemos falar na dimensão espiritual e moral das leis sociais que regem a sociedade humana. Definindo moral como a conduta do indivíduo para com ele mesmo, e ética como a conduta do indivíduo para com os outros, chegamos à conclusão de que moral é ética são uma e a mesma coisa, a qual tem origem na consciência moral da espécie humana. A consciência moral é um fenômeno real inato, universal e histórico da natureza humana. Em todos os homens, em todos os tempos e lugares a consciência moral sempre se fez presente, com um conteúdo e uma expressão idêntica, imutável. E foi dessa consciência moral que brotou o sistema de valores universais comuns a todas as sociedades, como todas as religiões ensinaram, como Kant demonstrou logicamente no passado, e como demonstrou cientificamente o pesquisador Donald E. Brown, em seu livro Human Universals (1991), onde listou mais de 400 traços culturais universais presentes historicamente em todas as culturas humanas. Na mesma linha de pesquisa o psicólogo Steven Pinker, professor da Universidade de Harvard, em seu livro Tábula Rasa (Companhia das Letras, 2004) ratificou a pesquisa de  Brown quanto à realidade histórica dos traços culturais universais, entre os quais:
 
1. a crença em um Ser Supremo (a divindade vertical);
2. a crença na espiritualidade (a vida eterna em um outro mundo eterno); 
3. a criação e submissão a um código de valores morais comuns, os quais se propunham a defender 
 
         Os estudos científicos de Brown, Pinker, Wright (O Animal Moral. Campus, 2006), enterrou definitivamente a hipótese materialista/lockeana da tábula rasa (a mente humana é uma página em branco onde as informações vão sendo impressas) e abre espaço para a afirmação da teoria da natureza humana inata. E é ai --- na natureza humana inata --- que iremos colher o código universal de valores morais e éticos onipresentes em todas as culturas da história. E identificamos este código universal de valores com as leis sociais e as constantes sociais, as quais não podem ser alteradas ou suprimidas sem caotizar e destruir a sociedade. Isto significa que os valores morais  e éticos da sociedade --- código universal de valores --- não podem ser inventados e impostos artificialmente por um indivíduo ou um grupo revolucionário qualquer. Nesse sentido, e cientificamente falando, não se pode aplicar o conceito de evolução ou de revolução aos valores morais dos indivíduos e éticos da sociedade. O código universal de valores da sociedade é o mesmo em todos os tempos e lugares e brotam natural e espontaneamente da natureza humana e atendem a desejos  essenciais e a necessidades físicas, ambos, vitais para os indivíduos.
 
         A existência desse código universal de valores foi o que demonstrou  Brown e Pinker no estudo dos traços culturais universais presentes em todas as culturas. Pinker demonstrou em seu livro Tábula Rasa que a moral (o código universal de valores) é um fenômeno exclusivo do ser humano e que todas as sociedades desenvolveram códigos morais similares sempre voltados para a defesa da integridade do indivíduo, da família natural e da sociedade em si. Desse modo, a moral é essencialmente benéfica e vital. Esse fato científico prova por que o declínio da moralidade individual gera o declínio da moralidade familiar e social. Isto também explica o porquê de todas as sociedades terem desenvolvido normas religiosas, familiares, de parentesco, de convivência e um sistema de leis (regulamentos, proibições e punições: sistema jurídico, sistema judiciário e sistema prisional; o Direito e a Justiça). E os elementos constitutivos desse código universal de valores (leis sociais e constantes sociais), uma vez que são naturais e destinam-se a formar e perpetuar a sociedade são similares, constantes e imutáveis. Todas as sociedades criaram regras para coibir e punir:
 
1. A blasfêmia;
2. A mentira;
3. O sexo  não-familiar;
4. O roubo;  
5. O assassinato.
 
Se estudados sob este prisma ver-se-á que todos os ramos do Direito (inclusive o Direito Ambiental: crimes contra a natureza, que é um sistema vivo) quase se resumem a regulações, proibições e punições destes cinco crimes. Daqui podemos inferir o que seriam as cinco valores morais fundamentais (virtudes, leis sociais, constantes sociais) que sustém e perpetuam a sociedade:
 
1. A reverência;
2. A verdade;
3. a família;
4. a honestidade; 
5. a solidariedade.
 
E percebemos que os cinco crimes amorais principais (antivalores; vícios) resultam da negação e violação dos cinco valores morais fundamentais. O crime é a negação das leis sociais, das constantes sociais, das virtudes que sustém e perpetuam a sociedade. O sociopata ateísta e amoral é o inimigo explícito da sociedade humana. Mas  para destruir a sociedade humana o sociopata nega, viola e ataca os valores morais que sustem e perpetuam a família natural.
 
 
6. Conseqüências da violação das constantes sociais 
 
 
Assim como os crimes ambientais representam a negação e a violação das leis naturais, das constantes naturais que sustém e perpetuam o mundo natural, os crimes sociais representam a negação e a violação das leis sociais, das constantes sociais (valores morais) que sustém e perpetuam a sociedade.
 
E uma vez violadas as constantes sociais a sociedade tende rapidamente para a desagregação. Este fato foi proposto pelo general chinês Sun Tzu e aplicado  mundialmente pelos marxistas em seu devanio louco de comunização e conquista do mundo. Vejamos algumas das advertências relativas às graves consequências das constantes sopciais (as leis ).
 
         a) A advertência Unwin. Em um trabalho de antropologia comparada o Dr. Joseph Daniel Unwin, analisou detalhadamente durante 7 anos,  80 sociedades e 16 civilizações num período de mais de quatro mil anos de história, e demonstrou que uma sociedade, ou escolhe a promiscuidade sexual e decai, ou a moralidade sexual e prospera (Dr. J. D. Unwin. Sex and Culture. Oxford University Press/1934). O ponto mais preocupante da pesquisa do Dr. Unwin é que, em todas as civilizações e sociedades pesquisadas, ele jamais encontrou uma Exceção!  Todas as sociedades que menosprezaram a família e caíram na promiscuidade, foram desintegradas!
 
            b) A advertência Sorokim. Nos primeiros anos da Revolução Comunista russa o governo atacou deliberadamente o matrimônio e a família. Podia-se obter divórcio por qualquer motivo e a qualquer momento. O aborto era legal e facilitado e as relações pré-matrimoniais e fora do matrimônio eram favorecidas e vistas como normais. Quais foram os resultados dessa política?
 
            “Em poucos anos, gangs de crianças sem lar e violentas tornaram-se uma séria ameaça para o país. Milhões de vidas, especialmente meninas, foram destruídas. O divórcio e o aborto chegaram ao máximo. O ódio, os conflitos e as psiconeuroses gerados pela desintegração familiar aumentaram rapidamente. A produtividade nas fábricas decaiu. Os resultados foram tão alarmantes que o governo foi obrigado a inverter sua política antifamiliar. A propaganda antifamiliar foi declarada contrária à Revolução, e em seu lugar foi implantada a glorificação oficial da castidade e da santidade do matrimônio. Em outras palavras: os russos descobriram a triste realidade de que o sexo, se considerado como um apenas um apetite a mais, não só arruinava o individuo, mas arruinava rapidamente o próprio país”.
 
            c) A advertência Bezmenov. “Na realidade, a ênfase principal dos esquerdistas nunca foi na espionagem. Só 15% do  tempo, dinheiro e pessoal eram gastos em espionagem. Os outros 85% eram gastos com a guerra psicológica, que visa mudar a percepção da realidade dos indivíduos a tal ponto que apesar de farta informação verdadeira eles não sejam capazes de chegar a conclusões razoáveis no interesse de defender a si mesmos, suas famílias e seu país. É o processo da desmoralização. Leva-se de 15 a 20 anos para desmoralizar uma nação.” (Yuri Bezmenov, ex-agente da KGB na Índia).
 
            Estas três advertências dispensam comentários e podem ser comprovadas pela mera observação e pesquisa científica em busca da origem do caos social atual. Se as constantes sociais (as leis morais) forem abandonadas na haverá futuro para sociedade alguma.
 
 
7. A tipologia e a dimensão natural das leis sociais. 
 
 
 
Estabelecido amor como fonte original da consciênciamoral, e estabelecidos os valores morais como leis e constantes sociais — a ordem moral — como manifestação da consciência moral inata, universal e histórica dos seres humanos, podemos abordar a tipologia e a dimensão natural das leis sociais. Quais são as leis sociais fundamentais da sociedade? Podemos estabelecer a seguinte tipologia:
 
1; Lei da dualidade: relativa à obediência à lei natural dos patres positivo-negativo; ou lei da família natural;
2. Lei da reciprocidade: responde pela harmonia e cooperação recíproca. A violação dessa lei social se manifesta através do egoísmo, a pseudolei da vantagem;
3. Lei do desenvolvimento gradual. Esta lei social responde pelaordem natural do progresso biopsicoemocional. A violação desta lei conduz ao rápido crescimento da criminalidade;
4. Lei da responsabilidade humana. Esta é a lei fundamental da sociedade humana. Somente o ser humano tem a consciência e o dever da obedecer esta lei.
 
Estas 4 leis sociais são derivadas das 4 leis naturais do Deusimo, as quais foram estabelecidas como base da ordem moral. O conhecimento e a prática desta 4 leis sociais (valores morais, preconizado spelas religiões) contribuem para a eliminação da natureza pervertida-adquirida do homem alienado, e para a restauração da natureza humana original.
 
 
8. Leis sociais e natureza humana 
 
 
Estabelecida a origem e a dimensão natural da sociedade pode-se falar em leis sociais como sendo igualmente leis naturais. E ao se falar de seres naturais está-se falando dos seres que compõem o universo, que já foi cientificamente estabelecido como ser bidimensional, psicofísico, sendo este um ponto de consenso científico universal. Ninguém duvida da realidade  da dimensão psíquica do universo, do planeta (como parte do universo) e das espécies como partes do planeta. A natureza bidimensional do universo, que é uma totalidade; um todo constituído de partes complementares (teoria da totalidade quântica) nos reporta diretamente à natureza psicofísica dos animais (e da natureza físico-espiritual do homem, fato que o aloca em um IV reino, o reino hominal. A espiritualidade humana já foi demonstrada experimental e psicologicamente, embora os materialistas ainda a refutem. Todavia, a simples admissão da natureza não-física da mente pela psicologia experimental deveria ser o suficiente para silenciar o materialismo radical. Se a mente não não ocupa lugar no espaço físico,  onde está localizada a mente (sentimentos, inteligência, criatividade e memória)? Nenhum materialista radical está disposto a discutir longamente esta questão. Assim, a negação da espiritualidade é mais um insulto destemperado do que uma refutação lógica e científica consistente.
 
Estabelecida a origem e a dimensão natural da sociedade. Estabelecida a natureza bidimensional do universo, do planeta e das espécies. E admitida a natureza bidimensional e bicorpórea (físico-espiritual) da espécie humana (cuja sociedade é infinitamente mas complexa do que os agrupamentos biossocias das demais espécies), podemos falar na dimensão espiritual e moral das leis sociais que regem a sociedade humana. Definindo moral como a conduta do indivíduo para com ele mesmo, e ética como a conduta do indivíduo para com os outros, chegamos à conclusão de que moral é ética são uma e a mesma coisa, a qual tem origem na consciência moral da espécie humana. A consciência moral é um fenômeno real inato, universal e histórico da natureza humana. Em todos os homens, em todos os tempos e lugares a consciência moral sempre se fez presente, com um conteúdo e uma expressão idêntica, imutável. E foi dessa consciência moral que brotou o sistema de valores universais comuns a todas as sociedades, como todas as religiões ensinaram, como Kant demonstrou  logicamente no passado, e como demonstrou cientificamente o pesquisador Donald E. Brown, em seu livro Human Universals (1991), onde listou mais de 400 traços culturais universais presentes historicamente em todas as culturas humanas. Na mesma linha de pesquisa o psicólogo Steven Pinker, professor da Universidade de Harvard, em seu livro Tábula Rasa (Companhia das Letras, 2004) ratificou a pesquisa de Brown quanto à realidade histórica dos traços culturais universais, entre os quais:
 
1. A crença em um Ser Supremo (a divindade vertical);
2. A crença na espiritualidade (a vida eterna em outro mundo eterno); 
3. A criação e submissão a um código de valores morais comuns, o quaL se propunham a defender 
 
               Os estudos científicos de Brown, Pinker, Wright (O Animal Moral. Campus, 2006), enterrou definitivamente a hipótese materialista/lockeana da tábula rasa (a mente humana é uma página em branco onde as informações vão sendo impressas) e abre espaço para a afirmação da teoria da natureza humana inata. E é ai — na natureza humana inata — que iremos colher o código universal de valores morais e éticos onipresentes em todas as culturas da história. E identificamos este código universal de valores com as leis sociais e as constantes sociais, as quais não podem ser alteradas ou suprimidas sem caotizar e destruir a sociedade. Isto significa que os valores morais  e éticos da sociedade — código universal de valores — não podem ser inventados e impostos artificialmente por um indivíduo ou um grupo revolucionário qualquer. Nesse sentido, e cientificamente falando, não se pode aplicar o conceito de evolução ou de revolução aos valores morais dos indivíduos e éticos da sociedade. O código universal de valores da sociedade é o mesmo em todos os tempos e lugares e brotam natural e espontaneamente da natureza humana e atendem a desejos essenciais e a necessidades físicas, ambos, vitais para os indivíduos.
 
         A existência desse código universal de valores foi o que demonstrou  Brown e Pinker no estudo dos traços culturais universais presentes em todas as culturas. Pinker demonstrou em seu livro Tábula Rasa que a moral (o código universal de valores) é um fenômeno exclusivo do ser humano e que todas as sociedades desenvolveram códigos morais similares sempre voltados para a defesa da integridade do indivíduo, da família natural e da sociedade em si. Desse modo, a moral é essencialmente benéfica e vital. Esse fato científico prova por que o declínio da moralidade individual gera o declínio da moralidade familiar e social. Isto também explica o porquê de todas as sociedades terem desenvolvido normas religiosas, familiares, de parentesco, de convivência e um sistema de leis (regulamentos, proibições e punições: sistema jurídico, sistema judiciário e sistema prisional; o Direito e a Justiça). E os elementos constitutivos desse código universal de valores (leis sociais e constantes sociais), uma vez que são naturais e destinam-se a formar e perpetuar a sociedade são similares, constantes e imutáveis. Todas as sociedades criaram regras para coibir e punir:
 
1. A blasfêmia;
2. A mentira;
3. O sexo  não-familiar;
4. O roubo;  
5. O assassinato.
 
Se estudados sob este prisma ver-se-á que todos os ramos do Direito (inclusive o Direito Ambiental: crimes contra a natureza, que é um sistema vivo) quase se resumem a regulações, proibições e punições destes cinco crimes. Daqui podemos inferir o que seriam as cinco valores morais fundamentais (leis sociais ou constantes sociais = virtudes sociais) que sustém e perpetuam as sociedades:
 
1. A reverência (não blasfemar e amar o outro);
2. A verdade (não mentir); 3. A família (não adulterar);
4. A honestidade; (não roubar); 
5. A solidariedade (praticar o bem).
 
            Os cinco valores morais fundamentais nos remeteram diretamente aos cinco crimes amorais principais (violações das leis sociais, antivalores = vícios sociais) resultam da negação e violação dos cinco valores morais fundamentais. O crime é a negação das leis sociais, das constantes sociais, das virtudes que sustém e perpetuam a sociedade. O sociopata ateísta e amoral é o inimigo explícito da sociedade humana. Para destruir a sociedade humana o sociopata nega, viola e ataca os valores morais que sustem e perpetuam a família natural.
 
 
9. Lei da educação ambiental + Lei da educação de valores 
 
 
A sustentabilidade natural trata da preservação do mundo natural, mas que este nada mais é senão a base existencial do mundo humano, ou do mundo social. E se o mundo social se desintegrar de que nos adiantou preservar o mundo natural ? Assim, para além do pseudo socioambientalismo esquerdista/discursista (o objetivo duplo: proteção ambiental + justiça social), propusemos a teoria da sustentabilidade social, a qual se fundamenta também em dois princípios:
 
1. Lei de conservação da família natural (homem-mulher-filhos); e
2. Lei da transmissão de valores-virtudes (uma espécie de reciclagem de valores; retransmissão dos mesmos valores).
 
Juntos, estes dois princípios são os pilares da sustentabilidade e perpetuidade social, na medida em que fortalecem e transmitem de geração a geração (como que reciclando) o conjunto de valores-virtudes inatos, universais e históricos da humanidade. E estes dois princípios serão os pilares da sustentabilidade social, pois enquanto a lei da conservação da família natural (homem-mulher-filhos) conservará a raiz, a célula-mãe da sociedade, a lei da transmissão de valores-virtudes dará origem à Lei da educação de valores que se somará à lei da educação ambiental já criada e incluída na grade curricular das escolas e universidades do Brasil.
 

 

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Data: 05/06/2012

De: Edvan

Assunto: O que é Familismo?

Num resumo bem prático, é a vivência natural e prática do Deus vivo, manifestado num convívio social harmônico entre Deus, os seres humanos e a natureza...
O dia está chegando, onde tudo isto não será apenas uma teoria, e sim uma vivência natural e prática.

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