A Bíblia Decodificada

A Bíblia Decodificada

Decifrando os Símbolos Secretos da Bíblia

São Paulo, 28 de Abril de 2012 Escrito por Léo Villaverde

Em seu livro O Código da Bíblia, o escritor Michael Drosnin publicou um estudo bíblico que sugere a existência de profecias secretas espalhadas por toda a Bíblia. O livro de Drosnin causou polêmica e foi rejejitado pelos Cristianismo tradicional.

Este livro, A Bíblia Decodificada, não se refere a profecias secretas, mas aos símbolos secretos da Bíblia, os quais começaram a ser decodificados no Oriente a partir de 1936 por um jovem coreano chamado Sun Myung Moon (de origem presbiteriana), aos16 anos de idade, e publicados no livro O Princípio Divino que, ao lado da Bíblia, tornou-se  um dos textos sagrados dos cristãos unificacionistas, da Igreja da Unificação.

Neste livro não estudaremos a Teologia da Unificação, mas apenas a interpretação de alguns dos antigos símbolos bíblicos decodificados e divulgados pelos cristãos unificacionistas. Independentemente da origem coreano-presbiteriana destes estudos, seja o leitor judeu, muçulmano, cristão católico ou cristão protestante, todos os estudiosos sérios e interessados na Bíblia encontrarão neste livro respostas e explicações surpreendentes para alguns dos símbolos secretos da Bíblia que desafiaram a história do Cristianismo e resistiram ao esforço conjunto de milhares de estudiosos de todo o mundo.

Existem símbolos secretos e uma mensagem secreta na Bíblia? Sim, existem. Embora pareça um livro comum a Bíblia inspirou a construção da mais avançada civilização da história: a civilização cristã ocidental. Assim, é importante estudar o poder e a influência da Bíblia a fim de vislumbrar o futuro do cristianismo e da civilização cristã ocidental. A mensagem bíblica começou a ser escrita há cerca de 3.600 anos para um povo de mentalidade agro-pastoril da mesopotâmia, na Ásia ocidental. Explicar a um povo de 3.600 anos atrás a origem e a finalidade do universo e da vida humana, com base na ciência atual, seria o mesmo que explicar a teoria quântica a uma criança de 5 anos. Ela sequer prestaria atenção. Todavia, se a teoria quântica lhe fosse explicada em termos mítico-poéticos, a linguagem simbólica e figurada dos mitos e das fábulas  a criança certamente a ouviria com atenção. Expliquemos. A mentalidade humana desenvolveu-se em 3 etapas: mítica (racional ilógica: o mito da cegonha), filosófica (racional lógica: o fruto do amor dos pais) e científica (racional lógica e experimental: cópula, fecundação, gestação e parto). Esta foi a razão pela qual a mensagem bíblica foi revelada em uma linguagem mítico-poética; em uma linguagem codificada. Por esse motivo ainda hoje o estudo de alguns livros da Bíblia assusta e desafia a compreensão humana, exigindo sua decodificação com base nos conhecimentos científicos atuais. Eis a lacuna que este livro vem preencher na biblioteca daqueles que se interessam pelo passado, presente e futuro da Bíblia na história da humanidade.

A Bíblia decodificada está dividido em 7 (sete) capítulos, Cada capítulo trata de um tema bíblico focando nos símbolos do referido tema.

1. A Origem do Universo. Como e para quê Deus criou o universo e o homem ?

Qual a origem do universo? Criação divina ou evolução casual? Ao longo de toda a história o homem esteve à procura dessa resposta. E sempre engendrou duas formas de respondê-la: o materialismo, que defende um processo casual, e o Deusismo, que admite a criação causal. Muitos acreditam que os seis mil anos de história escrita não foram suficientes para a obtenção de uma resposta final para a origem do universo. Isto, no entanto, não é verdade. A humanidade já possui uma resposta. E esta favorece inteiramente a tese da origem divina. Desde os mitos primitivos, passando pelas filosofias e chegando à ciência atual, o materialismo e o Deusismo estiveram envolvidos em uma tremenda batalha teórica, onde a ciência estava sempre ao lado do materialismo. Hoje, porém, o próprio desenvolvimento da ciência destruiu o conceito de matéria, estabele-cendo definitivamente a natureza transfísica, ou espiritual, do universo. Neste I módulo do Curso você terá a oportunidade de ampliar e aprofundar seu entendimento de Deus. E, provavelmente, pela primeira vez em sua vida você reconhecerá, sem dúvidas, a realidade e a presença de Deus no universo, na história humana, na história de sua vida e em seu interior — em sua mente e em seu coração.

2. O Fruto de Eva e a Origem do Mal. Maçã ou sexo ilícito ?

Se a causa da alienação homem-Deus foi um fruto material, esta é  uma proposta de índole materialista. Para a esfera cultural mítico-mágica afro-indiana (o hinduísmo/esoterismo) nunca aconteceu uma ruptura na relação homem-Deus. O mal é um reflexo do estágio evolutivo da humanidade e, à medida que o homem evoluísse, o mal decresceria. O homem dos dias atuais atingiu o mais elevado nível cultural e tecnológico. No entanto, em vez de decrescer, o mal atingiu níveis sequer imaginados no passado. Este fato demonstra uma contradição na visão afro-indiana acerca do mal. Por sua vez, a esfera cultural judaico-cristã preconiza que Lúcifer, um ser espiritual criado por Deus para o bem (como o homem), corrompeu-se e corrompeu os primeiros seres humanos, Adão e Eva, apartando-os de Deus e dominando-os desde então. Assim, Lúcifer tornou-se o satanás (= adversário), o antideus pioneiro da maldade. Este desvio de conduta separou Deus e o homem, e não teria ocorrido há apenas 6 mil anos, mas há cerca de 1.5 milhões de anos. Para corrigir o problema, Deus inspirou as religiões, especialmente o judaísmo e o cristianismo. A Bíblia não é o único livro que contém uma narrativa acerca de uma ruptura original. Contos egípcios falam da Idade de Ouro perdida e da morte causada pela primeira mulher, Lilith, auxiliada pela serpente; lendas indianas contam que Shiva enganou Brahma, levando-o a acreditar que a Flor da Árvore do Conhecimento lhe daria a imortalidade; a mitologia grega fala da Caixa de Pandora como a origem de todo o mal, e a Bíblia fala do Fruto de Eva oferecido a Adão, e que o teria matado. Essa narrativa bíblica, porém, foi escrita há 3.600 anos, e para um povo de mentalidade agro-pastoril. Logo, trata-se de uma narrativa figurada, simbólica, codificada. A decodificação da simbologia bíblica da Queda do homem é o conteúdo deste II módulo do Curso. Seguramente, depois de assisti-lo você nunca mais acreditará no mito da maçã.

3. O Jesus real. Deus-suicida ou um homem divino e vítima do mal e da ignorância ?

Jesus não veio à Terra para ser assassinado aos 33 anos de idade. Dito desta maneira, a afirmação choca o leitor. No entanto, trata-se da mais fiel verdade. Jesus, um homem de palavras justas e atos bondosos, que praticou apenas o bem, foi criticado e rejeitado por seus familiares e seu povo, traído e abandonado por seus seguidores e morto por uma conspiração mentirosa forjada pelos líderes de sua própria religião. A análise jurídica do julgamento de Jesus revelou tratar-se da maior injustiça da história. Pilatos e Herodes, dois líderes ateus, evitaram levar Jesus à morte. Porém, pressionados politicamente pelo poder religioso da época, lavaram as mãos e entregaram Jesus ao julgamento de seu próprio povo. Numa eleição pseudo-democrática, o povo libertou o criminoso Barrabás e exigiu a morte de Jesus. Hoje, vinte séculos depois, a quase totalidade dos cristãos acredita que Jesus veio à Terra para ser crucificado jovem e solteiro. No entanto, a longa preparação do povo judeu para receber Jesus, as palavras de Jesus, as palavras de seus apóstolos e o trágico destino de Judas e do povo judeu revelam que Jesus não veio à Terra para ser assassinado, embora sua morte prematura e injusta tenha trazido salvação espiritual à Terra. Muitos estudiosos tem declarado que somente depois de conhecer o Jesus real é que começaram a respeitar e a amar Jesus verdadeiramente.

4. O Juízo Final. A destruição do cosmos ou símbolo do fim do mal ?

Em algumas profecias a Bíblia parece afirmar que no final da história — na época do juízo final —  as estrelas cairão, o céu e a Terra serão destruídos e alguns cristãos serão arrebatados da Terra ao encontro do messias nas nuvens. Simultaneamente, a Bíblia também afirma que a Terra é eterna e que Deus está onipresente no universo. Como Deus é eterno, o universo não deverá ser destruído. A Bíblia afirma ainda que apenas alguns cristãos serão salvos, enquanto a maioria da humanidade afundará para sempre no inferno, sob o domínio eterno de satanás. Estas idéias sugerem que satanás é mais forte que Deus, pois ficará com a maioria da humanidade e jamais será vencido. Obviamente, tudo isso contradiz profundamente a fé cristã. Portanto, alguma coisa está equivocada na escatologia cristã tradicional. Neste III módulo, o curso A Bíblia Decodificada estuda os chamados fenômenos bíblicos dos últimos dias apresentando uma nova e surpreendente saída para a escatologia tradicional. Nela, Deus vence definitivamente o mal e redime todos os homens, passando a habitar com eles para sempre na própria Terra. Seguramente, depois de assistir a este III módulo do Curso, sua esperança se renovará e você voltará a acreditar no poder absoluto de Deus.

5. Ressurreição ou Reencarnação? Onde está a verdade ?

Ressurreição ou Reencarnação? Qual é a verdade? A resposta depende de como se define a religião e sua finalidade. Para a esfera cultural afro-indiana jamais ocorreu qualquer ruptura na relação Deus-homem. Assim, a religião é apenas uma expressão espontânea da natureza mística do homem, e sua finalidade é a satisfação da necessidade espiritual. O homem não se aperfeiçoa em apenas uma vida. Por isso, necessita reencarnar, nascer outras vezes, em diferentes corpos até atingir a perfeição, quando escapa do ciclo da reencarnação e migra para outros planetas espirituais superiores. Do outro lado, a esfera cultural judaico-cristã admite a ruptura na relação Deus-homem, a qual deu origem a satanás e ao mal. Assim, as religiões são caminhos inspirados por Deus com o propósito de enviar a verdade e religar o homem a Si. Desligado de Deus, o homem perdeu a verdade e a vida. Necessita, portanto, ressurgir de entre os mortos; ressuscitar. No cristianismo, o homem ressuscita quando se torna parte do corpo de Cristo através da Eucaristia. Embora opostas e excludentes, essas teorias são aceitas até hoje. Todavia, ambas não podem ser verdadeiras. Existe apenas uma verdade sobre cada coisa. A decodificação realizada pela teoria Deusista surpreende ao propor uma teoria da ressurreição capaz de fortalecer a tese da ressurreição e, simultaneamente, absorver a reencarnação. Além de explicar o significado da grande promessa de Jesus e a esperança mais fundamental da fé cristã: a ressurreição!

6. O Sentido da História. Guiada por Deus ou pelo acaso ?

O que é a história? A história se repete? Dois tipos de teorias foram propostos para explicar a história: as materialistas e as Deusistas. Para a ciência materialista, a história não possui sentido ou direção. É apenas a soma das atividades humanas em progresso. Para o marxismo, a história é o registro das lutas de classes pelo fim da exploração econômica. Do lado Deusista, o historiador Arnold Toymbee apresentou a teoria cultural da história, segundo a qual a história progride com base no desafio e resposta entre grupos ateus e religiosos. Por sua vez, o cristianismo adotou a teoria agostiniana da história, que a define como o trabalho providencial de Deus para salvar os cristãos escolhidos. A história possui direção e meta. No final da história ocorrerá o juízo final. Qual destas quatro teorias é a verdadeira? Os historiadores concordam que nenhuma destas teorias conseguiu explicar satisfatoriamente a história. Todas possuem inconsistências que as enfraquecem. Nem os materialistas nem os religiosos desenvolveram uma teoria da história capaz de convencer e atrair a todos. Desse modo, confusa e cheia de dúvidas, os historiadores não possuíam qualquer certeza quanto ao significado e ao destino final da história. A teoria Deusista da história apresenta novas leis da história, as quais fornecem um novo sentido, direção e a meta para a história, unificando a historiografia bíblica e a historiografia científica. 

7. O Retorno do Cristo. Nas nuvens da atmosfera terrestre ou no ventre de uma mulher ?

Qual o significado do messias (= Cristo) e por que ele deve voltar? Para o cristianismo tradicional, o messias é Jesus. E Jesus é o próprio Deus, o Criador do universo. O messias vem à Terra para derrotar o mal e levar os cristãos escolhidos para o Céu. De outro lado, a tradição mítico-mágica afro-indiana propõe que o mal não existe, e que o Cristo é só mais um avatar, um homem especial que surge de tempos em tempos na Terra, trazendo uma nova mensagem de Deus para o homem a fim de alçá-lo a um novo estágio da evolução. Diz-se ainda que, antes da crucificação, Jesus havia se casado com Maria Madalena e teria tido uma filha, Sara, a qual mesclou-se com a linhagem de sangue dos reis merovíngios, da França, subsistindo até hoje. A terceira teoria sobre o messias surgiu no início do século XX com a decodificação da Bíblia que você conhecerá neste módulo do curso A Bíblia Decodificada. Com base bíblica e histórica, este módulo irá demonstrar que o messias é um novo Adão, e vem à Terra para realizar o que o primeiro Adão não conseguiu, ou seja: estabelecer uma família centrada em Deus. Assim, Jesus veio à Terra como o II Adão para construir uma família divina, a qual seria a raiz da linhagem de Deus na Terra. Todavia, Jesus foi traído e crucificado antes de atingir seu objetivo. Porém, com o seu sacrifício, Jesus se tornou o salvador espiritual da humanidade. Fisicamente, a humanidade ainda está presa ao mal. Por isso, um novo messias, um III Adão, foi prometido; ele deve voltar para estabelecer a família divina na Terra e concluir a salvação total e eterna da humanidade. Qual destas três teorias messiânicas é a verdadeira ?

O leitor estudiosos e interessado no estudo da Bíblia descobrirá que A Bíblia Decodificada fornece novas e surpreendentes respostas para antigas dúvidas e perguntas, as quais podem não ser a verdade última, mas certamente é a visão mais próxima da verdade bíblica de que se tem notícia.